Na Minha Prateleira :

  • Tiago Guillul - "iv"
  • Peixe:Avião - "40.02"
  • Os Pontos Negros - "Magnifico Material Inutil"
  • João e a Sombra
  • Foge Foge Bandido - "O Amor dá-me tesão" e "Não fui eu que o estraguei"
  • Monomonkey - "Before we all implode"

Luso Implosão em Clave de Fá

Em reestruturação... está quase...

Sobre Ninguém:

Para contacto e escuta: homemninguem8@gmail.com

Para Breve: One Hundred Steps - "Human Clouds"


O CONCEITO
Melodia vs distorção. Melancolia vs raiva. Os ONE HUNDRED STEPS cantam as dores do seu crescimento com a urgência de uma banda que ainda está a dar os primeiros passos… Sendo que estes são os primeiros de muitos, surpreendentemente decididos, que os levarão de forma célere a uma consagração que não se quer (e não pode ser) tardia. O conceito que os rodeia vive essencialmente da forma como conseguem transportar na sua música altos e baixos sentimentais, o colorido de um dia-a-dia vivido em pleno, todos os dias com extrema intensidade e força de vontade. E é a forma como gritam bem alto carpe diem – como quem vislumbra um futuro melhor por entre as nuvens escuras, sempre com um olhar firme num passado que pode ter sido cinzento, mas que promete bonança depois da tempestade. É o exorcismo dos demónios emocionais de quem ainda está em fase de recuperação de uma adolescência quente, intensa e carregada de emoções. É a transformação do negativo em positivo, o uso da música como a melhor forma de terapia que pode existir. São os refrões que gritam desgostos amorosos, as melodias que embalam os sentidos e uma agressividade que só pode ser descrita como “nós contra o mundo”.


O PERCURSO
Os ONE HUNDRED STEPS são mais um exemplo vivo de que a cidade de Setúbal constitui actualmente um dos berços mais prolíferos do cenário underground português. Incluindo na sua formação músicos que já passaram por colectivos como More Than A Thousand e Skapula (o grupo actualmente conhecido como Hills Have Eyes), o colectivo sadino começou por tomar forma no ano de 2001 – altura em que os músicos começaram a compor juntos e a dar os primeiros concertos. Entre as já habituais mudanças de formação inerentes a qualquer projecto em fase de incubação, o sexteto foi desenvolvendo a sua sonoridade, aperfeiçoando a atitude e afinando as primeiras composições. Em 2002, um ano depois de terem começado a ensaiar juntos e ainda sem uma sonoridade totalmente definida, decidem então entrar em estúdio pela primeira vez. Dessa sessão de gravação resulta «In Conformity Lies The Happy One», uma maqueta de estreia composta por cinco canções – entre elas «Quiz Show», «From Bed To Sofa Revolution» e «The Fool 04: Behind The Leaves». Os dois anos seguintes são passados, entre a sala de ensaios e as salas de norte a sul do país, a aperfeiçoar a máquina e a escrever novas canções. Já com uma formação bastante sólida – Paulino (voz), Gonçalo (guitarra/voz), Tomás (guitarra/voz), Kasin (baixo/voz), Kauita (teclas/samples) e Raminhos (bateria) – voltam a entrar em estúdio e, desta vez, registam cinco temas. «Jesus, Where’s The Rest Of Her», «He Sees Everything From Above», «Funeral Before It’s Birth», «Lovers Can’t Be Friends» e «Coma» são o resultado directo de meses de trabalho árduo e representam uma enorme evolução em relação a tudo o que o colectivo tinha feito anteriormente. «You’re A Lovely Victim Of Emotional Chaos» é distribuída em 2005, suscitando reacções muito positivas e permitindo ao grupo começar a tocar ao vivo ainda com mais frequência. Ainda antes do final do ano a banda regista mais três canções novas – «Your Veins», «Based On A True Story» e «Falls Into Nothing» – com Miguel Marques a.k.a Vegeta, guitarrista dos Easyway, nos estúdios Generator.


A MÚSICA
Se «In Conformity Lies The Happy One» ainda revelava alguns resquícios bastante óbvios da sonoridade nu-metal que parece ter desempenhado um papel primordial na formação da personalidade musical dos elementos que compõem os ONE HUNDRED STEPS, «You’re A Lovely Victim Of Emotional Chaos» acabou por revelar uma abordagem significativamente mais original e bem definida. Canções como «Jesus, Where’s The Rest Of Her» e «Coma» misturam – de forma muito inteligente – rock enérgico, punk melódico, metal, hardcore e uma incrível sensibilidade pop. E o mais curioso é que o passo seguinte em termos de evolução também já está dado… «Your Veins», «Based On A True Story» e «Falls Into Nothing» – três temas gravados já no final de 2005 – concretizam todo o potencial do lançamento anterior, elevando a um patamar superior de intensidade e dinâmica os elementos que constituem a sonoridade do grupo. A agressividade dos riffs de guitarra contrasta com as melodias vocais mais doces, assentes numa secção rítmica incrivelmente coesa e condimentadas por uma sublime utilização de teclados. Ao vivo a banda explode de forma ainda mais emocional e contagiante, destilando energia e contagiando a plateia com a química que transborda dos seis músicos.
Em 2006 a banda decide voltar aos estudios Generator, novamente com Vegeta, para gravar mais 3 temas e assim juntar aos restantes, com o objectivo de editarem o seu primeiro MCD intitulado “The Eyes of Laura Mars” .
O resultado final foram 9 poderosos e emocionais temas que deixavam antever aquele que seria o primeiro álbum da carreira dos OHS.
Já em 2008 os One Hundred Steps regressam, pela terceira vez, aos Generator estúdios para em duas semanas, gravarem o full-lenght intitulado “Human Clouds”.
Enquanto a produção esteve, mais uma vez, a cargo de Vegeta e da própria banda, a mistura e masterização foi feita pelo conceituado Ricardo Espinha, que já conhecemos pelo seu trabalho com bandas os Icon & the Black Roses, More Than a Thousand, BlackSunrise, Hills Have Eyes entre outras.
“Human Clouds” é composto por 12 temas, que mostram um crescimento da banda enquanto músicos e pessoas. Mais obscuro e agressivo, “Humand Clouds” não deixa de ser, ao mesmo tempo, um registo emocional e melódico, na linha do sempre caracterizou a banda sadina.
Entre os muitos pontos de interesse deste debut, está um conjunto de vocalizações que alterna entre o visceral e o melódico, assente numa dinâmica e combinação perfeitas entre as vozes de Paulino e do guitarrista Gonçalo. As guitarras estão também mais versáteis e ao mesmo tempo intrincadadas, contribuindo, nota após nota, para a supreendente fluidez musical que ouvimos ao longo dos quase de 40m deste álbum.
No inicío do Outono de 2008, o teclista Kauita abandona a banda e pouco tempo depois os One Hundred Steps assinam com a editora Rastilho com o propósito de editar o seu primeiro CD. “Human Clouds” será editado no mercado nacional, a 9 de Fevereiro de 2009 e na Europa a 23 de Março.


Fonte: Santos da Casa

Sem comentários:

Enviar um comentário